segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Loucas experiências

Verão, férias, tempo de viajar e voltar com as malas abarrotadas de histórias sejam elas boas ruins, engraçadas e/ou bizarras. Você pode ir para uma praia, para um sítio, para uma cidade grande, uma cidade do interior, para um local onde neva, um local vazio, cheio, agitado, tranqüilo, mas e quando vamos ao contrário dos nossos gostos? Quando uma pessoa totalmente urbanizada vai parar em um local totalmente rural e/ou vice-versa?

Devo confessar que isso aconteceu comigo e não foi muito bom viver “no limite”. Saí de uma metrópole como é o Rio de Janeiro e fui parar em uma cidadezinha do interior do Nordeste, onde mal sabia que estava para viver uma das experiências mais ‘selvagens’ da minha vida. Sabe quando você passa por uma estrada rodeada de mato e só vê casinhas a cada 10km e se pergunta como existem pessoas que conseguem viver assim? Pois é, eu fui para uma dessas casinhas e, de verdade, admiro a coragem dessas pessoas. Em 3 dias que passei lá, descobri que tenho muito mais medo de insetos do que eu imaginava e que há quem viva normalmente com isso. Quando chegou ao ponto de eu abrir a janela para espantar uma mariposa, entrarem em casa mais quatro, ou ao ponto minha mãe ter matado um escorpião que estava perto de onde íamos dormir, foi realmente desesperador e – admito – engraçado aos olhos daqueles que são acostumados com isso.

E o hábito de matar os animais? Ah, quanto a isso você tem que tomar muito cuidado com o que diz, pois se por acaso você disser “que vontade de comer galinha”, minutos depois, com certeza, alguém vai aparecer com uma galinha recém-abatida para cozinhar para você (é normal dos moradores do interior fazerem de tudo para agradar alguém da cidade grande, é uma simpatia natural). Pode parecer cruel mas não critico os que matam os animais (logicamente, quando é para consumo), até porque alguém tem que matar para que aqueles que não são vegetarianos possam comer, mas não é estranho você estar comendo alguma coisa e pensar que cerca de uma hora atrás essa ‘coisa’ estava viva? Se isso nunca aconteceu com você, acredite, não é uma situação muito confortável.

Mas tudo é uma questão de costume - uma questão cultural – e no momento em que você se depara com uma cultura totalmente diferente da sua, o estranhamento é inevitável. Mas ele dá e passa e depois disso, sem perceber você adquire conhecimento e ainda fica com várias histórias para contar.

E vocês, que histórias trazem na bagagem?

Um comentário:

  1. Você não falou do CALANGO (medÔ), do garoto maluco que jogou pedra no carro, o outro garoto maluco que queria derramar leite no notebook e também não disse que tivemos que deixar a vergonha de lado, esquecer a privacidade e tomar banho todas juntas, pois não tinha luz no banheiro! NO LIMITE é pouco! Certamente merecemos "um pouco de glamour".

    Ahhhhh!!! E o tatu??? acho q foi a coisa mais bonitinha que conhecemos por lá! *.*

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