segunda-feira, 17 de junho de 2013

#VerásQueUmFilhoTeuNãoFogeALuta

O dia 17 de junho de 2013 será lembrado pelas próximas gerações de brasileiros! O Brasil está indo às ruas para contestar, exigir, gritar, lutar pelos seus direitos. Infelizmente, o que poderia ser um marco na história do país, pela sua organização, pela capacidade de mobilização, pelo motivo que levou tantas pessoas às ruas, terminou com o vandalismo de “desocupados”, se é que assim podemos chamar. 

Uma das maiores manifestações políticas do país passou a maior parte do tempo pacífica, mas não foi assim que terminou. No final de tudo, foi a desordem pela desordem. O centro do Rio foi ocupado por cerca de 100 mil manifestantes que caminharam até a Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (ALERJ) em manifestação contra o aumento das passagens de ônibus, os gastos abusivos com eventos como a Copa das Confederações e a Copa do Mundo no Brasil e a falta de investimento em setores como Saúde e Educação.  

Durante toda a tarde, a manifestação seguia tranquila, legítima, digna de elogios até mesmo dos alvos das reclamações. Quem estava lá pelo motivo certo, deu o seu recado e foi pra casa em paz. Em sua maioria de branco, brasileiros pediram paz e gritavam pelos seus direitos, criticavam quem tentava bagunçar a manifestação, mostrando que o que querem não é briga, não é guerra, é justiça. Essa deveria ser a notícia, essa mobilização deveria ser capa dos principais jornais e portais de notícia do mundo, mas foi manchada por vândalos, pessoas que, definitivamente, não representam toda essa multidão preocupada com o futuro do país. 
 Diante desse cenário de revolução, muitos dizem que o Brasil finalmente acordou e umas das redes sociais mais ativas dos últimos anos, o twitter, refletia o que estava acontecendo nas ruas das grandes capitais do país. 







  •  OPINIÃO 

Confesso que Política não é um assunto sob qual tenho domínio, mas, embora não haja conhecimento específico, de termos técnicos, como futura profissional de Comunicação, não é possível ficar à margem dos acontecimentos. 

 Acho que, além da razão que levou tantas pessoas às ruas, algo que deve ser destacado é a resposta da população quanto às criticas de que valores de cidadania teriam sido perdidos, de que a geração atual teria sido manipulada em um grau sem volta, de que suas vozes teriam sido caladas e que, ainda que houvesse voz, ela teria sido massacrada, escondida pela comodidade de dizer online o que se pensa, porque assim parece muito mais fácil. O que aconteceu neste 17 de junho, vai muito além de “mais um dia de protestos”.

quinta-feira, 18 de abril de 2013

"Está chegando o novo berço do samba"

Com essa menção ao samba campeão da Unidos de Vila Isabel no carnaval de 2013 e um sutil jogo de palavras, fica fácil começar uma conversa sobre a Grande Tijuca, um dos bairros mais diferenciados do Rio. Além de guardião de importantes escolas de samba do carnaval carioca e do seu gigantismo natural, o bairro carrega a tradição de diversas comunidades. 

 Com agremiações como: Salgueiro, Unidos da Tijuca, Vila Isabel e Mangueira, a busca por carnavais inovadores e modernos tem acirrado a competição aonde, gradativamente, vem tirando da Baixada Fluminense, o título de "Berço do Samba". Não é de hoje que as escolas de samba do bairro da Tijuca têm concentrado os títulos de melhor carnaval do Rio de Janeiro.

 Siromar de Carvalho da Silva, 54 anos, empresário e diretor de harmonia do Acadêmicos do Salgueiro, que vive o carnaval em toda sua extensão, acredita que a aproximação das escolas é uma das motivações das pessoas para participar do carnaval. "O fato de ter no bairro essa grande concentração de escolas, cria um interesse maior de seus moradores em participar mais ativamente do nosso carnaval, além de ter um histórico do bairro de Noel Rosa", diz.

 Nos últimos oito anos, cinco deles tiveram uma escola da Tijuca como campeã do carnaval. Em um passado de glórias para escolas como a Portela - que possui 21 títulos em sua história - atualmente, os carnavais da Grande Tijuca, têm apresentado uma nova proposta ao usar de inovações e recursos tecnológicos para abrilhantar a festa carioca que figura no Guinness Book como o "Maior Carnaval do Mundo". 

 Sobre essa transformação ao longo dos anos, Siromar comenta: "O carnaval deixou de ser um simples divertimento e passou a ser um grande espetáculo, as escolas que não partirem para o lado empresarial na sua administração irão ficar para trás. O amadorismo não é mais permitido em escola de samba, temos que ser profissionais para manter e melhorar ainda mais esse alto nível." Em 2014, cinco das doze candidatas ao título do grupo especial fazem parte da Grande Tijuca, o que promete dar trabalho às outras agremiações que querem tirar os olhares das escolas tijucanas.

quinta-feira, 25 de outubro de 2012

Será mesmo que “o brasileiro não desiste nunca”?

Parece que esse slogan que já estampou diversas campanhas e se tornou um ditado popular não condiz com a realidade ou, pelo menos, não pode ser visto de maneira generalizada.

Não que mereça ser crucificada como a única contrária a essa expressão, mas quem não se pode ignorar, nos últimos meses, quando o assunto
“desistência” é colocado em pauta é a atleta Fabiana Murer após o fiasco nos Jogos Olímpicos.

Saltadora renomada, campeã mundial e uma das grandes apostas de ouro para o atletismo do Brasil nas Olimpíadas de Londres 2012, Fabiana não conseguiu sequer passar pela etapa classificatória do salto com vara. Parece cruel tê-la como foco para críticas, mas, a maioria não pensou assim e não perdoou. Até o ponto da desclassificação, mesmo estranho, é normal que um atleta passe por uma má fase e tenha um mau desempenho em uma competição.

Contudo, a grande decepção dos brasileiros e a razão da chacota da qual ela foi alvo depois disso, foi com os motivos que levaram a esse fiasco. Alegando que as condições do vento não eram favoráveis, Fabiana que já havia se saído mal nos saltos anteriores, desistiu do último salto e abandonou a competição. Abandonar? O que aconteceu com o “brasileiro que não desiste nunca”? Ele estava com todos os dedos apontados e afiados criticando a atitude dela. “O importante é competir” outra frase famosa, mas que mascara uma atitude de grande covardia.

Por que o importante é competir? Todos querem ganhar, se não fosse por isso, não estariam em uma competição. Acreditar e se esconder por trás de tal sentença é, em entre muitas coisas, um ato de mediocridade. Se contentar com o pouco, somente com o fato de estar ali é, indiretamente, mostrar que apesar de seu desejo de alcançar o objetivo, você tem noção da sua incapacidade. Em síntese: é se conformar.

 Hoje, Fabiana é o alvo, mas, a verdade é que ela é só mais uma prova de que o orgulho dos brasileiros, o nosso orgulho, não está na grandeza de nossas realizações, mas na capacidade de insistir como se tal slogan fosse verdadeiro.

quinta-feira, 6 de setembro de 2012

Só mais cinco minutinhos...

Quando se pensa em feriado, o primeiro que passa pela cabeça de qualquer pessoa é: todos adoram, certo? Errado. O feriado é uma data em que determinada ocasião é comemorada por uma nação,comunidade, religião, grupo étnico ou classe trabalhista. De acordo com o governo, podem ser instituídos em nível federal, estadual (ou regional) ou ainda municipal, dependendo da importância da data comemorada. Também na classificação dos feriados, podem ser: obrigatórios, ou seja, as pessoas são dispensadas do trabalho e/ou escola; ou facultativos, no qual as empresas e/ou escolas têm liberdade para decidir liberar ou não. 

Na opinião dos brasileiros há controvérsias. Há quem diga que a quantidade de feriados nacionais é o que o que difere o Brasil da maior economia do planeta. Será mesmo? Não se pode negar que o número de feriados do nosso país é bastante considerável, seria essa uma “desculpa” para não trabalhar? Mas, verdade seja dita, quem não gosta de uma folga no meio na semana? Ou de um fim de semana que dure 3 ou 4 dias? Até mesmo o mais capitalista e visionário concorda que um dia a mais de descanso é totalmente aceitável. 

Além da economia, a produtividade do país também é colocada em questão quando se refere a estes recessos. Pensando friamente, essa vertente até faz sentido, pois, cada dia que não trabalhamos, o Brasil perde em produção. Em uma visão mais popular do assunto, a opinião é: os feriados são ótimas oportunidades para descansar em meio à pressão e o estresse da rotina. Quem não adora não ter hora para acordar e sem ter que ficar implorando pelos famosos “5 minutinhos” a mais de sono? Quanto a isso, acredito que haja unanimidade. 

Economia, folgas a mais, relaxamento, produtividade; os feriados têm outras vertentes, como, por exemplo: a religião. Apesar de haver uma grande quantidade de práticas religiosas, a que predomina no Brasil ainda é o Catolicismo e, muitos dos feriados nacionais são de cunho religioso, de forma que, os praticantes de outros credos são forçados a se adequar a esses feriados instituídos pela Igreja Católica, ainda que a razão para eles não tenha importância para si. 

Falando em vertentes, o aspecto cultural é mais uma neste tema que parece simples, mas é tão abrangente. Ainda que muitos não saibam a que cada feriado se refere, em um simples trabalho de pesquisa pode-se descobrir que cada feriado tem um motivo para acontecer em determinada data, e estas podem acontecer todos os anos no mesmo dia e mês (ou seja, fixas) como o Natal, que sempre ocorre no dia 25 de Dezembro, e também, os feriados “móveis”, que em cada ano pode ser em uma data diferente, como, por exemplo, o “Dia das Mães” que, no Brasil, é comemorado no segundo domingo de maio. Mais do que a definição entre feriados “fixos” e “móveis”, há a história por trás das datas e a razão pela qual ela é comemorada. 

Não há como definir os feriados em bons ou ruins já que, para cada setor, ele é recebido de uma forma. Para o turismo, por exemplo, a procura é muito maior nessas épocas, o que faz aumentar a carga de trabalho e, consequentemente, os lucros. No ambiente político, são dias de descanso para os governantes e - dependo do feriado em questão -realizações de eventos comemorativos. O Natal é a altíssima temporada do comércio, o momento em que empresas e indústrias produzem e vendem mais e o lucro é supre todas as baixas do resto do ano. 

Seja para descansar, celebrar, sair da rotina ou trabalhar e produzir para lucrar mais, fato é, que os feriados contam muito da história de um país e influenciam diretamente em sua economia.

domingo, 29 de julho de 2012

#notemetasconRBD

Independente de ser fã, gostaria de me posicionar e comentar sobre o que a gravadora EMI está fazendo com a história do extinto grupo mexicano, RBD.  

Situação: EMI decide bloquear RBD no Brasil. Exclui/Bloqueia videos oficiais deles no youtube, proíbe a venda de cds e dvds e apaga RBD das suas listas de artistas assessorados.
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 Acho que a EMI deveria se mostrar minimamente profissional e se manifestar. Se ocultar é pra quem não tem o que dizer. Fazendo isso, a EMI além de apelativa, me parece pouco inteligente. Se o motivo disso tudo é querer espaço e mercado para a versão brasileira de Rebelde, a coisa ainda é mais catastrófica. 

Forçar a aceitação do RBR dessa forma é, no mínimo, expor mais o fracasso deles. Quer bloquear o RBD? Tem argumentos convincentes pra fazer isso? Então que dêem a cara , falem e estejam dispostos a lidar com as opiniões e receber as críticas. Diferente do que eles pensam, essa não é uma decisão que envolve somente à eles. 

Quando o RBD gerava lucros exorbitantes, os videos eram ótimos, a venda de cds e dvds era incentivada, agora que tem esse outro projeto, do qual NÃO SOMOS OBRIGADOS a gostar, querem fazer isso? Só nos prova que não estamos perdendo nada, que essa versão não se garante o suficiente e não se contenta com o público que conquistou! 

Sabe o que é fenômeno? É o que está acontecendo.
 Mesmo depois de tantos anos, os fãs sobem tags em questão de segundos, se unem, bolam planos e defendem o RBD com a mesma garra da época em que eles eram uma modinha. Já provamos inúmeras vezes, o que podemos alcançar quando estamos unidos e, de fato, toda essa força só pode causar inveja.

 A nossa união incomoda tanto, sinto muito mas é assim que vai ser, pois, "o RBD só deixará de existir quando o último coração REBELDE parar de bater". A verdade é essa, conformem-se e acabou. 

GERAÇÃO / FACÇÃO, ou como queiram chamar, EU AMO VOCÊS e tenho orgulho de fazer parte disso. 

 por: Carla Cunha ;)

sexta-feira, 1 de junho de 2012

Jornalismo Esportivo é pauta de debate

No último dia 28 de març, o teatro da Faculdade CCAA foi cenário do 1° Encontro de Jornalismo organizado pela instituição. O evento tem como objetivo debater assuntos atuais e colocar alunos de todos os períodos do curso de Comunicação em contato com profissionais já inseridos no mercado. 

Mediado pelo professor e jornalista do canal ESPN, Fabio Azevedo, o primeiro debate começou às 10h30min com o tema: “Jornalismo Esportivo: A profissão na prática’. Convidados a falar do assunto, dois ex-alunos da faculdade, já atuantes nesse mercado, compareceram à conversa: Affonso Andrade, editor de conteúdo Web Jr na TV Globo e Thiago Barros, repórter no programa Globoesporte.com. 

Entre os assuntos discutidos, um dos mais polêmicos foi a questão da imparcialidade. Quando se fala em Jornalismo Esportivo, focando no futebol, como deixar de lado sua paixão por um determinado clube e realizar um trabalho que não seja tendencioso? De fato, quando se está no início da carreira, é complicado deixar a sua paixão por um time de lado e ter que exaltar ou criticar um time rival, porém, com o passar do tempo, o jornalista passa a lidar com essa situação com mais naturalidade e consegue exercer sua função sem expor sua opinião. 

Além disso, comentaram sobre a idolatria aos clubes e “jogadores-estrelas” que diminui quando se consegue ter uma relação diferente dos demais. O jornalista passa a ver e saber de fatos, que outros não têm acesso, conhecer e lidar constantemente com ídolos que, para a grande maioria da torcida, é inalcançável. 

Questionados por alunos sobre o foco explicitamente maior no futebol do que nos demais esportes, os convidados – embasados pelo mediador – admitiram que essa é uma questão estritamente comercial. Em síntese: o esporte que vende mais, gera mais notícia. O time que vende mais, tem maior destaque. 

Ao final da conversa, os ex-alunos contaram um pouco sobre suas experiências na área e enalteceram o valor da Instituição CCAA não apenas pelo ensino em grade (o curso, propriamente dito), como pelos extras que têm a oferecer. “Suguem tudo que puderem daqui, pode parecer que não vão usar no futuro, mas, acreditem, vão”, afirmou Thiago. 

No encerramento, ambos comentaram o quanto se sentiram felizes em voltar para faculdade, dessa vez não como alunos e, sim, como palestrantes, para mostrar a forma como evoluíram e apresentar o mercado de forma simples e objetiva para muitos que estão na graduação com o intuito de construir uma carreira nessa mesma área.

terça-feira, 27 de setembro de 2011

Ousadia, sorte e uma dose de fama

Na era digital em que vivemos, é praticamente impossível não ser atraído pelas tecnologias avançadas e por esse meio de comunicação tão preciso e em tempo real. Quando pensamos em tecnologia, um dos primeiros exemplos que nos vem à mente é a internet e, ao falar de vantagens, rapidamente destacamos o fato de ela encurtar distâncias. Sim, essas características estão corretas, porém, a internet abrange muito mais do que isso.

Além de poder ser usada como uma plataforma de negócios (sites de compras, de empresas), para fins educativos (sites de escolas/cursos, bibliotecas online), institucionais, socioambientais e pelo fácil acesso a todo e qualquer tipo de assunto; para o mundo do entretenimento, a internet se tornou uma grande vitrine. Antigamente, talento, muita dedicação, esforço e até doses de sacrifícios eram a receita para a fama. Hoje em dia, basta ter certa coragem - ou “cara de pau” - e sorte de ser visto. Prova disso, são as chamadas “celebridades da internet”, que ficam famosas por conta de vídeos postados na rede que, instantânea e inesperadamente, somam uma grande quantidade de visualizações e se tornam verdadeiros fenômenos do mundo virtual.

Como exemplo dessas pessoas surpreendidas pela fama, a estudante cearense, de 19 anos, Camilla Bezerra Dantas – mais conhecida como Camilla Uckers - se tornou um sucesso da internet por conta do video “RDB NÃO é RBD...Entendeu Site Ego?”, onde expressou sua indignação com o erro cometido por um site de entretenimento que errou o nome da sua banda favorita, o grupo mexicano, RBD. “Agi mais por impulso, estava com muita raiva depois que li uma matéria no site Ego, onde erraram o nome da banda da qual eu sou fã e resolvi gravar um vídeo para mostrar a minha indignação e explicar para os estagiários do site que o nome da banda era RBD e não RDB”, diz ela.

A revolta da cearense foi vista mais de 700 mil vezes e não foi só a personagem que ficou famosa, “Safadeza Oculta” – expressão que ela usa durante o video – por ser algo, até então, nunca falado, caiu rapidamente no gosto do público e ficou quase 20 dias entre os assuntos mais comentados do Brasil - sendo 10 dias também entre os mais comentados no mundo - pelo twitter. Sobre o significado da expressão, conta: “Saiu na hora, não tem muita explicação sobre esse termo, na verdade, foi algo que eu jamais tinha falado e até pensei em cortar na edição, mas resolvi deixar, depois de pensar muito sobre o que seria safadeza oculta”.

De caso pensado ou não, o protesto da fã teve resultado: horas depois do video ter sido lançado, o site corrigiu o erro e, sobre isso, ela comenta: “Acho que foi a forma mais correta, pois um site de tão grande porte não pode cometer um erro desses, revisar o texto antes de ser publicado é o mínimo que devem fazer. Fiquei feliz por terem visto, pois depois desse vídeo as quatro matérias em que o nome da banda estava errado, foram corrigidas”.

Mas o que a deixou realmente feliz não foi toda essa repercussão mundial, a fama que conquistou, e sim, por ter conseguido a atenção de uma pessoa em especial, Christopher Uckermann, ex-integrante do grupo RBD e seu maior ídolo – motivo que a levou a continuar fazendo vídeos.

Eu fiquei super feliz mesmo quando o empresário dele postou o meu vídeo no twitter e depois vi que várias pessoas de sua produção estavam postando links e comentando sobre algumas entrevistas minhas. Esse vídeo me deu a esperança de ser reconhecida pelo o meu ídolo, depois disso, nunca mais parei de gravar.

No início foi complicado lidar com essa fama inesperada, Camilla confessa que chegou a ter medo de sair de casa por conta daqueles que não gostaram do video e postavam comentários maldosos e que ficou sem ir à escola, porém, depois de algumas semanas tudo voltou ao normal. “Ao normal” na medida do possível, pois, ainda que não houvesse mais o medo de sair, a fama já estava ali e seus frutos começaram a aparecer. Por conta da “safadeza oculta”, recebeu propostas de trabalho e as portas do mundo do entretenimento começaram a se abrir para ela. Trabalhou por quatro meses como locutora esportiva em uma rádio da sua cidade, participou de programas de TV, como o programa da Eliana (do SBT) que é de alcance nacional, concedeu entrevistas para emissoras como a MTV, além de ser convidada como presença vip em festas e boates.

Como a fama vem de maneira repentina, tais celebridades têm dificuldade de se manter na mídia durante muito tempo, muitas vezes voltando ao anonimato da mesma maneira que saíram dele. Para evitar isso, Camilla se aventurou no universo musical, chegou a gravar uma música – titulada “Não quero mais” – mas não pretende focar nessa carreira. “Eu quis aproveitar a fama para tentar ingressar na carreira artística, mas é algo muito difícil. Fiz aulas de canto por um ano, para poder gravar em um estúdio, mas acredito que o meu dom não seja o de cantar e, sim, de trabalhar na TV, fazendo as pessoas rirem. A gravação dessa música foi apenas uma experiência que eu quis ter”.

Diferente dela, que pretende seguir uma carreira artística fora da música, grandes nomes do cenário musical atual, foram descobertos na internet como, por exemplo, Justin Bieber. Há quem não saiba, mas sua fama não surgiu de nada mais do que um golpe de sorte. Um menino – hoje com 17 anos – postava vídeos em que estava cantando e, certo dia, foi visto por Usher - cantor, ator, dançarino e produtor – já conhecido no ambiente musical e que se interessou em produzi-lo. Hoje, Justin é fenômeno do pop mundial e um dos maiores motivos de delírios das adolescentes de todos os países, lota estádios, vende milhões de CDs e tudo que faz tem grande repercussão.

Camilla Uckers e Justin Bieber estão em patamares bem distantes, porém, o lugar de onde surgiram é o mesmo: a rede. Eles são exemplos que ilustram a tese de que a internet é uma grande vitrine e quem tiver sorte, consegue levar a fama desse universo virtual para o mundo real. E não há como falar de “mundo virtual” sem mencionar as redes sociais que são as principais responsáveis pela rapidez com que tudo é divulgado e é interessante ver como, coisas das mais simples, como a expressão “safadeza oculta” ou “pôneis malditos” (bordão criado por uma empresa automobilística, usado em um de seus comerciais, também de grande repercussão) caem de maneira quase que instantânea no gosto do público, o poder de disseminação dessas redes é, praticamente, incontestável.