sábado, 9 de abril de 2011

Tamanha covardia, absurda insanidade

Terror é umas das diversas palavras que poderiam descrever o que aconteceu na manhã da última quinta-feira (7) quando Wellington Menezes de Oliveira – 24 anos – foi à Escola Municipal Tasso da Silveira (em Realengo), da qual era ex-aluno e, de maneira totalmente inesperada, efetuou disparos contra estudantes que assistiam às aulas.

Dentre todas as vertentes desse fato, muitas questões são formuladas em nossas cabeças. Por que ele fez isso? O que leva uma pessoa a ser fria a esse ponto? Alguém capaz de fazer isso pode ser considerado um ser humano? Há algo que justifique esse crime bárbaro? E as indagações não param de aparecer...

Analisando o perfil do criminoso, podemos constatar que ele, de fato, era alguém com sérios problemas de relacionamento. Era muito reservado, não tinha amigos ou namorada, não tinha o costume de sair de casa, era fanático por jogos de ação (dos mais sangrentos), “terrorismo” era o seu assunto favorito e, há quem diga que ele sofreu bullying na infância. Seria esse o motivo da chacina? Será por isso que o ataque foi contra crianças?

Além de extremamente covarde, julgo aterrorizante o fato de um ser humano – se é que assim podemos chamá-lo – ser sangue frio ao ponto entrar em uma escola e atirar em crianças sem qualquer motivo aparente. Ainda mais aterrorizante o fato de tudo isso ter sido premeditado, pois o assassino sabia exatamente o que/como/aonde/quando iria realizar o crime e estava muito bem equipado para isso.

Apesar de tudo, a atitude dos estudantes deve ser enaltecida, visto que todos tentaram se ajudar da melhor maneira possível, professores tentavam proteger seus alunos e amigos tentavam se defender como podiam. O que nos leva ao caso da menina Bianca Rocha Tavares – 13 anos – que se colocou na frente da bala para proteger sua melhor amiga e acabou morrendo em seu lugar.

Qual seria a punição para este crime? A morte dele foi justa? Em minha opinião, não! Pode parecer cruel, mas defendo a tese de que morte não é castigo para assassino e o sofrimento através da tortura é o que ele merece. Não concordo que ele seja julgado como um doente mental, pois ele tinha total noção do que queria, até mesmo do que desejava que fosse feito após a sua morte (que também estava em seus planos).

É impressionante como com o passar do tempo o amor entre as pessoas vai entrando em escassez, e chega ao ponto de se precisar assassinar crianças para satisfazer um desejo que existe por um motivo que jamais saberemos. A única certeza que temos é que o mais justo seria que ele não tivesse colocado em ação o suicídio, pois o único modo de trazer maior consolo para as famílias que sofreram perdas imensuráveis com esse ato desumano seria vê-lo pagando pelo que fez por meio da justiça, ainda que esta não diminua a dor das famílias dessas crianças assassinadas. Creio que a pena de prisão perpétua sujeita a torturas seria realmente o mais adequado para ele mas, já que sua morte foi consumada, apenas posso dar meus pêsames às famílias e torcer para que consigam se recuperar desse grande trauma.

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